terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Código Apócrifo

No centro de tudo que existe e do que inexiste, repousa Deus. Na realização de sonhos minúsculos do indivíduo numa situação rotineira ou na força que impede duas galáxias de se colidirem sua força se faz presente. Deus se molda conforme nossas necessidades e se agiganta frente a nossa incompreensão sobre o que achamos não ter o alcance, ou até no que não nos é permitido entender.

Na dúvida que nos acompanhará até o último lampejo da existência, a única e garantida tábua de salvação, quer ao mesmo tempo nos fazer entender o papel secundário que nos é confiado como criatura moldada aos interesses de seu criador ou o livre arbítrio para desafiar toda e qualquer força do universo.

Nas entrelinhas do código da existência humana cabe Deus. E damos a este Deus atributos ora divinos, ora humanos. Se Deus sobreviverá à parte da ótica humana, este mesmo código poderia nos esclarecer. Deus permite estar em tudo, não faz objeções em ser citado em toda sorte de eventos, cultuado como figura máxima de todas as crenças, envolvido em disputas sangrentas eternizadas em livros que ganham novos significados a cada dia, através do labirinto das palavras reforçadas pelo inesgotável fascínio da humanidade em cultuar as diferenças e a predileção pela própria superioridade.

Instinto de sobrevivência intelectualizado pela erudição? Sobre o piso de toda dissertação possível ainda se sustentará um número infinito de outras proposições. A raiz da crença nos parece hoje tão inalcansável e enevoada pela diversidade, que novos tipos de tolerâncias tem se moldado a tais circunstâncias. O fio tênue desta linha de pensamento nos conduz a uma interessante conclusão: até um cético tem direito ao perdão divino.

O LARAMAMISMO Fui apresentado ao Laramamismo através do meu pequeno filho. O que seria aquilo? Nunca tinha ouvido falar. Me lembro que causo...