segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Delírio


O trilobita chafurda na manhã cambriana.
Mais uma sonda perde contato antes de pousar em Saturno.
No parlamento alguém nega, a criança sorri e valida o nosso dia.
Ouço um praguejar distante.
Enquanto isso o óvulo que irá gerar o novo avatar não consegue ser fecundado.
Alguém que quer ser como alguém que nunca quis ser o que é.
Um homem quer voltar para casa, mas as chaves mudaram.
Mais uma canção insiste em ser regravada e
Outro corpo se recusa a acreditar que alguma parte está faltando.
Alto-falantes encerram a primavera
E o ano passado de repente é mais moderno.
Sobe a mente uma vergonha juvenil,
Todos os natais parecem um só.
Deus se materializa numa lágrima que ficou no lenço.
Há pegadas na Lua e no jardim.
Um aquariano convertido acredita ter encontrado o caminho.
Protocolos são cumpridos, promessas são quebradas
As baleias mudam a canção
E a garota se esquece para quem estava se arrumando
A ciência pede desculpas e o Rei é flagrado nu.
De relance, o trilobita entende tudo o que ninguém consegue explicar.

O LARAMAMISMO Fui apresentado ao Laramamismo através do meu pequeno filho. O que seria aquilo? Nunca tinha ouvido falar. Me lembro que causo...