domingo, 10 de julho de 2011

Diário de uma Pessoa Desaparecendo

Eu já perdoei meus inimigos e aqueles que me fizeram mal. Pedi perdão àquelas pessoas que sei que machuquei, e aquelas que talvez tenha machucado sem saber. Agradeci do fundo do coração a todos que em algum momento de minha vida estendeu-me a mão. Estou em paz com a guerra que existe em cada ser humano, e já não reclamo do ruído causado pela infelicidade dos nossos. Entendi a esperança nos olhos como a beleza singular de cada um. Fui complacente com a ignorância por entender que é uma via de mão única e que não posso carregar as dores que não são minhas (as minhas já me bastam), nem protagonizar histórias das quais não faço mais parte.

Peço perdão por não desejar nada de quem não tem nada a oferecer, e também por não participar do jogo. E pelo meu silêncio quando o mundo clamava por palavras e palavras, e por estar errado a cerca de tantas pessoas e de ter me desencontrado de tantos amores.

E se por acaso, der por falta de algo que alguma vez julguei me pertencer, penso que talvez esteja em algum lugar escondido na minha alma e me assegurarei de não errar no sentimento. O tempo há de devolver as coisas ao seu devido lugar. E apoiado na sabedoria inerente a qualquer espécie, tudo que preciso é apenas enxergar a possibilidade de me harmonizar ao que se descortina ao meu redor. Simplesmente desaparecer na linha de frente do batalhão formado pelos que entenderam e resolveram levar sua vida adiante.

Um comentário:

  1. Isto que você escreveu foi lindo! Só diria a esta pessoa que não desapareça. Ouça uma bela canção não sei de quem, que num trecho diz assim:
    ... Quem dera soubesse, a dor que entristece, fazer compreender,
    Os traços de alma, sem paz e sem calma, ajudasse a ver,
    Que a vida é bela, só nos resta viver...

    Val

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