Nós precisamos da história para situar nossos atos, nossas expectativas e motivos. A necessidade de corroborar as teorias mais acertadas urge em nosso senso comum. Tende-se a achar que a época em que cada um vive não encontra precedentes, deixando a impressão de que rumamos para o infinito munidos com o conhecimento sedimentado em verdades factuais.
Rabiscos na lousa do cosmos que ligeiramente se apagam. O que é isso que nos arrasta universo adentro (ou afora) e acorda em nós as crenças mais profundas? Que perguntas se sustentariam, que perguntas nem teriam a chance de serem formuladas? Resta-nos inventar um sentido e nos divertir com tudo isso.
As artes miram o infinito e acerta o coração humano, nos distrai das guerras, aveluda os sentimentos e pelo menos, tenta nos colocar em nosso devido lugar. As vozes da eternidade ecoam, e são ecos distorcidos de uma magnitude inconcebível e fazem parte de um outro lugar qualquer muito distante daqui. Este eco distante, que estranhamente, ajudamos a formar.
domingo, 11 de setembro de 2011
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