quinta-feira, 29 de julho de 2010

Auto-Conspiração: e se eu não for a pessoa que sempre achei que fosse?

Conheço gente que acorda, olha o reflexo no espelho e diz: "Bom-dia!". Alguns referem-se a si mesmos na terceira pessoa do singular e travam diálogos levando ao pé-da-letra aquela máxima sobre conhecer-se a si mesmo. Outras cultivam hábitos herdados sabe lá de quem, pois todo mundo vai se "aculturalizando", absorvendo, modificando toda a sorte de coisas, formando e transformando pensamentos novos e antigos.

Admiro a inteligência simples e intuitiva daqueles que conseguem perceber as revoluções diárias da natureza, no qual todo ser humano é parte, e sobretudo daquela pequena e importante diferença que qualquer um pode fazer dentro de seu mundo. Mundos dentro de mundos.

Confesso minha dificuldade de falar de mim mesmo pois o perfil de cada pessoa é definido por sua capacidade em se repetir, (isso seria matéria de outra conversa) e ao jogarmos no ar nossas idéias, estamos expostos a todo tipo de críticas e até concordâncias. Não se trata de polemizar. Existem raras afirmações que sobrevivem a um escrutínio generalizado.

O quanto de cada um reflete a sua individualidade? A Psicologia se debruça sobre este tema e finca sua raízes nos academicismos forjados em séculos e séculos de rotinas científicas e suas conclusões não são tão conclusivas assim. O que dizer, se até os sonhos foram padronizados?

Já nos ensinam até o que sonhar, o que querer.

E se eu não for a pessoa que eu sempre achei que fosse, quem ou o que mais eu poderia ser?

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