Os adjetivos exagerados estão na ordem do dia, desde que o poeta disse que tudo era divino e maravilhoso. No fundo tudo é uma questão de semântica, dos variados significados que as palavras podem ter (ou não). Mas o perigo está um pouco mais perto, pois descobriram um novo significado para "contexto". O pote de ouro no fim do arco-íris.
O fantástico deveria causar assombro e o maravilhoso, um brilho nos olhos. A novidade pediria um pouco de cautela. Puro instinto de sobrevivência.
Não é questão de teimosia nem tampouco tradicionalismo. Não tenho nenhum problema com o momento em que a história de nossas vidas se desenrola. Eu e vocês, meus contemporâneos, neste exato momento, estamos muito ocupados com nossos novos jogos de guerras pessoais, e em todo o circo de nossa existência não sobra muito espaço para mirarmos o vazio fora do âmbito da contemplação.
Cabe a cada um eleger seus afetos, mas quando o cardápio nos apresenta um tanto quanto pobre, o desvio para o sensacional encontra aí sua maior brecha. Os sentidos dos desavisados entende a entrada neste corredor de possibilidades mil, e enxerga de lado, o que deveria ser visto de frente. Interpretações errôneas, mistificações e abstrações encontram ecos nesta premissa. Quem tem coragem duvida do induvidável e sorri para o inatingível, quem não tem, se maravilha com bugigangas, e passará desapercebido deste grande espetáculo que é estar vivo.
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Puxa! Sem comentários. Esse texto é realmente sensacional. Mais que isso, é genial...brilhante...magistral...
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